HISTÓRICO DA ESCOLA COLIBRI – EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E PROFISSIONAL - MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Escola Colibri – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Profissional - Modalidade de Educação Especial, é o resultado da união de pais e amigos de pessoas com deficiência mental e/ou múltiplas, cujos objetivos foram estabelecidos na premissa de oferecer atendimento à uma parcela da sociedade que, na época (1986) permanecia à margem de todo e qualquer atendimento educacional.
A concretização deste desejo se deu com a fundação da APAE de Dois Vizinhos, em 11 de Junho de 1986, que, sendo mantenedora, criaria condições para angariar recursos, bem como firmar convênios, viabilizando desta forma a educação especial no município de Dois Vizinhos – PR.
Em Setembro deste mesmo ano, foi criada a Escola Especializada Colibri, que iniciou suas atividades na Sede do Rotary Club, atendendo inicialmente três alunos: Lucas Daniel Bonato, Eduardo Dorigoni e Aldecir Luzitani.
Posteriormente, por exigências legais da Secretaria de Estado da Educação/SEED passou a chamar-se: Escola de Educação Especial Colibri. Atualmente, novamente por exigência legal da Secretaria de Estado da Educação/SEED, ela passou a chamar-se Escola Colibri – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Profissional - Modalidade de Educação Especial),
Em 1987, a Escola Colibri – Educação Infantil, Ensino Fundamental e Profissional - Modalidade de Educação Especial foi autorizada a funcionar através da Resolução nº 863/88.
A escola recebeu o nome de Colibri devido ao fato de que a Sra. Elaine Maria Bonato que auxiliou na fundação da APAE contar que quando estava grávida de seu primeiro filho Lucas que nasceu com Síndrome de Down ter lido uma reportagem com o título: O diário da mãe de uma mongolóide (nome pejorativo dado à Síndrome de Down na década de 80/90). Na revista, a mãe falava de sua filha adolescente, da discriminação, da negligëncia do poder público para com as pessoas com deficiência. Falava ainda da importância que tinha a escola especial na vida de sua filha. Esta escola era do Rio de Janeiro e tinha o nome de Colibri. E a explicação, segundo a mãe da reportagem é que era Colibri por que este pássaro tem um corpo muito pequeno e as asas muito grandes, então para se manter no ar ele precisa bater as asas rapidamente, ou seja, de alguma forma, o Colibri também é especial. Então, lembrando-se desta história, a Sra. Elaine deu a sugestão para que a Escola tivesse esse nome o qual foi aceito por unanimidade pelas pessoas que compunham a diretoria da APAE na época, conforme Ata nº 05/87.
Em Fevereiro de 87, devido ao aumento no número de alunos, a Escola passou a prestar atendimento aos alunos com deficiência intelectual em uma casa alugada com 07 (sete) cômodos, de propriedade do Sr. Delair José Biava à Rua Dom Pedro I, 550. Dois anos depois, passou a funcionar em outra casa também de propriedade do Sr. Delair José Biava, situada à Av. 7 de Setembro. Neste local que comportava um número maior de alunos permaneceu até Maio de 1995, quando então passou a funcionar em prédio próprio, à Rua Nereu Ramos, 650 – Bairro da Luz, com 830 metros de área construída, em terreno de 11.400 metros quadrados, adquirido com recursos próprios através de promoções e doações feitas pela comunidade pela mantenedora. No ano de 2003, devido à necessidade em aumentar o número de vagas, a construção foi ampliada em mais 174.00 m2. Em 2005 aconteceu outra ampliação em 35.00 m2 totalizando 1.039 m2 de construção. Também foi construído, no ano de 1999, um ginásio de esportes com 560 metros quadrados.
A primeira Diretora da Escola foi a Sra. Rosely Aparecida Branco Róss que ficou no cargo por 01 (um) ano. Após, assumiu a direção a Sra. Elaine Rissi cuja permanência também foi de 01 um) ano. A seguir, tomou posse a Sra. Elaine Maria Bonato que permanece no cargo.
A primeira professora da Escola foi a Sra. Elaine Rissi.
Para os trabalhos de secretaria, foi colaboradora voluntária a Sra. Elaine Maria Bonato (mãe de um aluno com Síndrome de Down).
No início, a APAE recebeu apoio para implementar as ações da Escola de Educação Especial Colibri, da Rádio Educadora de Dois Vizinhos, através do Festival Educadora de Interpretação da Canção. Também a Prefeitura Municipal cedeu professores e serviços gerais para os trabalhos na Escola. Em 87 a Entidade firmou convênio com a Secretaria de Estado da Educação para cedência de pessoal e continuou com a apoio da Prefeitura Municipal.
Esta escola não-governamental e sem fins lucrativos, expressa a disposição de ofertar programas de Educação Básica, tais como Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Profissional nível básico, EJA/Educação de jovens e Adultos prestando atendimento no(s) turno(s) matutino e vespertino, na modalidade de Educação Especial, exclusivamente para alunos na área da Deficiência Mental.
Caracteriza-se como estabelecimento de ensino especial, pois apresenta uma proposta pedagógica ajustada às necessidades educacionais dos alunos e ao disposto na legislação vigente; proporciona acessibilidade nas edificações, com a eliminação e barreiras arquitetônicas nas instalações, mobiliário e de equipamentos, conforme normas técnicas vigentes e oferece ajuda e apoios intensos e contínuos, adaptação curricular significativa e currículo funcional.
Para sua criação, autorização, renovação da autorização de funcionamento e cessação de atividades, a Escola de Educação Especial Colibri atendeu e atende às normas estabelecidas pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná e Secretaria de Estado da Educação.
Mantém apoio técnico pedagógico e financeiro com órgãos governamentais, tendo acompanhamento e avaliação da Secretaria Estadual de Educação / SEED no cumprimento das determinações das legislações vigentes.
O alunado atendido pela Escola de Educação Especial Colibri caracteriza-se por condição sócio-econômica e cultural de média e baixa renda.
A formação familiar compõe-se de Pai, Mãe e filhos, porém tem um razoável percentual de alunos que são criados apenas pela mãe, avó ou avôs.
No que se refere à aceitação dos pais em relação à deficiência de seus filhos, percebe-se famílias onde há super-proteção, outras negligenciam e ainda outras que acreditam no potencial de seus filhos educando-os dentro de normas e regras de convívio e explorando suas capacidades.
Quanto ao desenvolvimento afetivo e social de nossos educandos é considerável a carência afetiva que apresentam, bem como a privação de participação em atividades sociais de lazer na comunidade, tendo suas amizades restritas aos colegas da Escola de educação Especial, lugar que acaba se tornando único, onde estabelecem relações de amizade e afetividade.
Atualmente a escola possui 120 alunos matriculados, todos com deficiência mental ou deficiências múltiplas, com idade entre 01 e 59 anos. A incidência de deficiência entre os alunos é de Síndrome de Down: 17 alunos; Deficiência Física Neuromotora: 26 alunos; Síndrome de Cohen: 01 aluno; Síndrome de Prader Willi: 01 aluno; Distrofia Muscular de Duchenne: 02 alunos; Microcefalia: 04 alunos; Mielomeningocele com espinha bífida: 01 alunos; Deficiência Mental: 52 alunos; Deficiência Múltipla – DM/DA: 04 alunos; Deficiência Múltipla – DM/DV: 05 alunos; Hidrocefalia: 01 aluno, Síndrome de Willians: 02 aluno, Síndrome de Autismo (pautas de autismo): 04 alunos.
VEJA ALGUMAS FOTOS DESTA HISTÓRIA
Primeiro carro da Escola recebido em doação:
Carros atuais:
Ônibus adaptado com elevador

Máster

Antiga cozinha e refeitório:
Cozinha e Refeitório atuais


Almoxarifado - onde ficava o material escolar
Antiga sala de aula
Mobiliario de sala de aula
Sala de aula atual

Construção da Sede própria
Lançamento da Pedra fundamental
Inauguração da Escola em 13 de maio de 1995 - Pelos alunos Eduardo Dorigoni e Lucas Bonato
Veja no álbum fotográfico as fotos atuais de nossa escola!